Você sabe os benefícios dos cogumelos comestíveis?

Na Itália e na França os pratos são cheios de cogumelos frescos. As pessoas têm o costume de sair pelos bosques de cestinha em punho, para coletar pessoalmente os macrofungos mais apetitosos para suas receitas. Já no Brasil, nem sempre as condições são boas para o crescimento dos fungos carnosos, do tipo que rende uma refeição e não some na panela ao ser refogado. É por isso que as poucas espécies mais consumidas no país – shitake, shimeji, cogumelo-paris e boletos – são exóticas e cultivadas.

“Temos muitas espécies nativas de fungos, várias comestíveis, mas diferente dos países temperados, poucas delas são carnosas”, explica Marina Capelari, especialista em Micologia do Instituto de Botânica de São Paulo. A grande exceção é o cogumelo-salmão (Pleurotus djamor), comum tanto na Mata Atlântica, como na Amazônia.

O cogumelo-salmão tem muita proteína e fibras, sem a desvantagem da gordura presente nas carnes. Também possui vitaminas do complexo B (B1, B2, B3 e B6) e minerais como potássio, magnésio e fósforo, em maior quantidade, além de cálcio e ferro, em concentrações menores. Mas o elemento de maior valor – que confere a esse cogumelo o status de alimento funcional – é a vitamina B9 ou ácido fólico.

O ácido fólico faz parte dos complexos vitamínicos consumidos por gestantes porque é importante para a formação do tubo neural do bebê, a estrutura que dará origem ao cérebro e à medula espinal. É recomendado também para bebês e crianças com síndrome de Down, para ajudar no desenvolvimento do cérebro. E, se consumido regularmente em alimentos ao longo da vida, reduz os riscos do mal de Alzheimer e de hipertensão, derrame e anemias.

Além de tudo, o cogumelo-salmão ainda faz bem ao olhar, com seu rosa-alaranjado vivo, feito de encomenda para enfeitar pratos. Quando cozido, ele desbota, perde toda essa coloração, é verdade. Mas continua muito bom para o paladar e para a saúde!

Fonte: Planeta Sustentável

plugins premium WordPress