Pedalando e Ajudando a Natureza

Eu sempre pedalei minhas bicicletas por pura diversão. Mas nunca dei muita importância sobre o que isto significa em termos de economia e meio ambiente. Mas com o crescimento da consciência das pessoas sobre aquecimento global e neutralização de carbono, resolvi convocar o “Matemático” e o “Estatístico” que estão escondidos no meu inconsciente (eles estão lá porque são muito chatos com todos aqueles números e equações), para fazer valer a grana que foi investida “neles” durante a escola  e botei os dois para trabalharem. (risos)

No primeiro dia de 2010 resolvi anotar qual a quilometragem que estava marcada no odômetro de cada uma de minhas bikes. Eram três em janeiro e agora no final do ano em dezembro mais uma (uma relíquia dos anos 70 que restaurei há pouco tempo). Hoje no primeiro dia do novo ano, anotei novamente a quilometragem marcada nos ciclocomputadores, e pude saber o quanto pedalei durante o ano. Vejamos:

Bike 4 (modelo de estrada – aro 27″ – ano 1979):                                            50 km               2%
Bike 3 (modelo de estrada para touring – aro 700 – ano 2009):              1067 km             42%
Bike 2 (modelo mountain bike – aro 26” – ano 2007):                                  268 km             11%
Bike 1 (modelo de estrada para dia-a-dia – aro 27″ – ano 1976):               1135 km            45%
Total Pedalado no Ano 2010:                                                                           2520 km          100%

De cara já deu para perceber algumas coisas:

1) A bike touring (usada esporadicamente e só para viagens) rodou praticamente a mesma coisa que a bike do dia-a-dia (a commuter). Ou seja, mesmo rodando pouco, as viagens são longas.

2) A bike mais antiga é a que rodou a maior distância entre as bikes. Isto significa  que não importa a idade da magrela, mas sim seu estado de conservação.

3) Também pude constatar que no final das contas, a mountain bike é a que tem a menor utilização (a “relíquia” não conta, pois só chegou em dezembro). Não é negócio desfazer-se dela, pois sempre haverá uma oportunidade para onde uma bike robusta, com pneus largos e cheios de gomos, possa ser usada em um passeio qualquer.

Outras estatísticas interessantes:

               2520 km ÷ 365 dias = 6,9 km/dia de média pedalada.

Considerando que no mês são 22 dias úteis e ao longo de 11 meses (período de férias não incluído) dá um total de 242 dias de trabalho, então temos:

               1135 km ÷ 242 dias úteis = 10,4 km/dia

Considerando que meu trajeto de casa para o trabalho e vice-versa tem exatos 3,5 km , isso dá um total de 14 km por dia. Logo:

               1135 km ÷ 14 km/dia = 81 dias

Ou seja, eu usei a bicicleta em 81 úteis no ano, o que corresponde a aproximadamente a 4 meses no ano sem usar o carro para ir ao trabalho; ou ainda 34% de minhas pedaladas diárias para trabalhar.

Em termos práticos, o que isto significa?

Meu carro é uma “draga” (risos). Outra relíquia que tenho em casa, o qual tenho usado muito pouco. Basicamente para trajetos curtos. O consumo é de aproximadamente 7 km/litro…
Então quer dizer que pedalando 1135 km no ano para ir e vir do trabalho,  economizei somente em combustível cerca de 162 litros de gasolina, o que corresponde a cerca de R$ 430,00.
Caso eu resolva incluir outras despesas tais como manutenção preventiva, pequenos consertos, seguro, impostos e depreciação, essa economia será mais relevante ainda. Também posso dizer que minha economia de combustível para todos os pedais do ano foi de quase R$ 1.000,00 (mil reais). Nada mau…

Então resolvi perguntar ao “matemático” e seu irmão “estatístico” o que tudo isso tem a ver com “consciência verde mundial” (a qual mencionamos no início do artigo)?

Eles foram taxativos:

Caso você considere que a cada quilômetro pedalado você deixou de usar o carro e jogar 230 g/Km de CO2 (dióxido de carbono) na atmosfera, você tornou o ambiente planetário 261 kg menos poluído em 2010 somente nas suas idas e vindas ao trabalho.

Mas se considerar também que as suas outras viagens de bike totalizaram mais quilômetros, a sua ajuda no processo de despoluição do ar foi em cerca de 580 kg de CO2 no ano de 2010.

Duas coisas que eu não havia pensado: Primeiro, como dois “chatos” podem ajudar a mostrar o quanto pedalar faz bem para o bolso. Segundo, como pedalar por diversão pode fazer tanto bem para a natureza.

E estes números são boas metas para serem superadas no ano de 2011.

Abraço!

Marcos Netto
Twitter: @marcosnetto

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