Flexibilidade: é bom ter ou não ter?

Você consegue colocar a perna atrás da cabeça ou alcançar os pés com as pernas esticadas ou encostar o dedo no punho? Então, você pode se considerar uma pessoa muito flexível. O médico do esporte e consultor do programa Bem Estar, Gustavo Magliocca, e a fisioterapeuta Laura Proença explicam os benefícios e os problemas que a flexibilidade traz.

Segundo os especialistas, a flexibilidade maior que o normal é chamada de hipermobilidade ou frouxidão ligamentar. Os ligamentos são mais frouxos e, por isso, a pessoa consegue uma amplitude maior dos movimentos. A pessoa já nasce com a hipermobilidade.

Essa característica tem dois lados: pode ser útil, mas também aumenta o risco de lesões. Bailarinas, ginastas, nadadores, ter uma amplitude maior dos movimentos ajuda no desempenho do exercício. Entretanto, como os ligamentos estão mais frouxos, as articulações ficam mais instáveis e o risco de luxações é maior.

O nadador Thiago Pereira tem hipermobilidade e isso é bom para ele. “Ele não tem nenhuma articulação bloqueando a transmissão do movimento durante a natação. Como ele tem amplitude do movimento, ele consegue usar a capacidade muscular e desenvolver força”, explica o fisioterapeuta Renan Amaro Malvestio.

Já para a estudante Vanessa Ferreira Andrade a hipermobilidade trouxe um problema. “Há três anos eu estava escovando o cabelo e minha clavícula esquerda luxou, ela saiu aparentemente do corpo”. Depois de ficar oito meses imobilizada, ela perdeu a força e os movimentos dos braços e dos dedos. Agora o foco é a fisioterapia. Os exercícios ajudam a aumentar a mobilidade e fortalecer os músculos.

Fonte: Bem Estar

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