Evite os principais erros de quem se exercita sozinho

riscos de se exercitar sozinho

É impossível saber previamente o limite de cada pessoa na hora de realizar algum exercício físico. Um rapaz pode correr um quilômetro mesmo estando fora de forma e ainda sentir-se bem, enquanto outro percorrerá a mesma distância poderá sentir falta de ar e até desmaiar. Daí a importância de ter um profissional habilitado de olho para indicar o mais adequado para cada perfil.

Outro papel importante do profissional é dar a medida certa aos exercícios. “Com a propagação da imagem do corpo ideal, os exercícios físicos tornaram-se uma síndrome e há perigo de overtraining, ou seja, exageros”, diz a massoterapeuta Domênica Camilo.

São vários os riscos para quem se exercita sozinho. “Podem ocorrer lesões musculoesqueléticas, dor e, dependendo da condição de saúde da pessoa, até morte”, diz o educador físico Alexandre Menegaz. Nos casos em que a pessoa tem um preparo muito ruim e se expõe a uma atividade muito intensa, o coração é muito solicitado. Em inúmeros casos, a pessoa nem sabe, mas já tem algum problema que não resiste ao esforço intenso, podendo sofrer até mesmo um infarto.

Correr intensamente forçará as articulações, provocando lesões. “Os efeitos negativos são dois: é impossível cumprir o objetivo imediato, e o indivíduo acaba por desistir dos exercícios”, afirma o preparador físico Abdallah Achou Júnior, da Universidade Estadual de Londrina (UEL-PR). É claro que a necessidade de acompanhamento de um profissional é tão grande quanto  a complexidade dos exercícios eleitos. Caminhar, por exemplo, não requer grandes cuidados no caso de pessoas com uma saúde estável.

A utilização de aparelhos de uma academia envolve conhecimento tanto para garantir os resultados quanto para proteger-se de lesões, o que envolve a participação do profissional de educação física, e em muitos casos de um médico. A Sociedade Brasileira de Medicina do Esporte (SBMEE), por exemplo, aconselha que pessoas acima dos 35 anos passem, obrigatoriamente, por avaliação médica antes de começar qualquer tipo de atividade esportiva.

Ao começar a praticar uma atividade por sua própria conta, fique atento a sinais de que algo não vai bem, e suspenda o exercício. O principal deles é a dor. “Ela indica lesão, ou o risco dela”, diz Timóteo Araújo, presidente do centro de estudos do Laboratório de Aptidão Física de São Caetano do Sul (Celafi scs-SP). A dor leve é aceitável em exercícios de alongamento, mas, se a dor persistir e a atividade não for interrompida, há uma chance muito grande de lesão.

Para cada idade, um tipo de exercício

AOS 20 ANOS: Por ser uma época de muita socialização, esportes em grupo como vôlei, basquete e futebol são indicados. Nessa idade o corpo está mais preparado para lidar com impactos, mas o organismo não está livre de lesões. O início deve ser lento e a frequência é importante: deve ser de três vezes por semana, ou intercalar com outro tipo de atividade.

AOS 30 ANOS: por volta dos 35 anos, a força muscular começa a decair. É importante acrescentar musculação para garantir o ganho e a manutenção de massa muscular. O treino pode ser dividido em duas vezes por semana: esportes aeróbicos (natação ou corrida); e duas vezes de pesos ou resistência. Outra alternativa é parcelar o treino diário em 30 minutos de aeróbico e 30 minutos de resistência. A frequência é de três vezes por semana.

AOS 40 ANOS: mulheres na menopausa correm um risco de osteoporose, e alguns exercícios que ajudam a fixar cálcio nos ossos são indicados: caminhadas fortes, corridas ou dança. O importante é garantir pelo menos duas horas de prática aeróbica por semana para, entre outras coisas, evitar o ganho de peso comum da idade. Ioga é muito indicado para ganhar flexibilidade

ACIMA DOS 50 ANOS: a força muscular diminui, o que deixa o corpo mais vulnerável a lesões. Recomendam-se exercícios de menor impacto (caminhada e hidroginástica). O alongamento é importante para garantir a elasticidade dos músculos e também para aumentar o equilíbrio e proteger contra quedas.

Adaptado via Eu Me Sinto Bem

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